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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Tudo como dantes no quartel de Abrantes. De onde vem?


A expressão “Tudo como dantes no quartel de Abrantes” significa que tudo permanece sempre na mesma, sem alteração.
Depois que falhou a reação militar das monarquias européias contra a Revolução Francesa e seus ideais republicanos, Napoleão consolidou seu poder e tratou da conquista territorial da Europa em todas as direções.
Napoleão ordena a Portugal que feche seus portos aos navios ingleses (com quem a França estava em guerra aberta). D. João, o Príncipe Regente, resiste, manobra, negocia, adia. A decisão portuguesa de manter a neutralidade deixa Napoleão impaciente e ele ordena que o general Jean Andoche Junot leve 28 mil homens para atacar Portugal.
Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, pois, na véspera, toda a Corte portuguesa havia embarcado rumo ao Brasil, às pressas e sem muita organização, em 35 navios mercantes e de guerra, disposta a levar a Rainha e o Príncipe para estabelecer a capital do Reino português em suas terras brasileiras, longe do poder napoleônico e mantendo o poder da família de Bragança.
Junot assume a Regência em Portugal, em nome de Napoleão, e declara findo o reinado da família Bragança. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. Abandonada pela Corte, reprimida pelos franceses, a população fica revoltada em vários pontos do país. E a resistência é heróica, permanente, muitos lugares ao mesmo tempo. Foram esses focos de rebelião populares que permitiram às forças inglesas planejar um assalto por mar ao território português. A 6 de agosto de 1808, o general inglês Arthur Wellesley (futuro Duque de Wellington) desembarca na Baía de Vagos e começa o longo processo de reação aos franceses.
O descontentamento popular acabou por livrar Portugal da ocupação, mas suas igrejas, seus palácios, suas riquezas, tudo fora parar na França. Para trás ficara a destruição e a desorganização social. O esgotamento dos bens de consumo, a falta de alimentos, a ausência de autoridade, a falta do Rei e da Corte, tudo interferiu para criar-se uma Constituição que pretendesse transferir o poder legislativo para um Parlamento e proclamar a República. Liberais e Absolutistas entraram em choque, veio a guerra civil que adiou mais ainda o progresso português e sua estabilidade social.
Até que, pressionado, o rei D. João voltasse, trouxesse de volta a Corte, e imaginasse ser possível fazer do Brasil, novamente, uma colônia. Mas não podia e bem cuidou de deixar um filho em terras brasileiras para construir uma nova nação.
Mas no quartel de Abrantes, tudo estava como dantes, na mão dos militares franceses. Depois, esse dito tornou-se um provérbio (“Tudo como dantes no quartel de Abrantes”) com o significado de inoperância e inconformismo.
A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar que nada mudou.
(Fonte: Baseado em textos da Internet)

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